Depois de um dia inteiro de descobertas de novas paisagens, emoções, novos aromas e sabores, estávamos cansados e ansiosos para chegar a Beaune, a capital do vinho da Borgonha.
Ficamos hospedados no Hotel Le Cep. Ao chegarmos, cansados, mas sem largar a taça de degustação que havíamos ganhado no começo do dia no Château de Marsannay, recebemos do hotel um presente inesperado: um upgrade de quarto.
Assim, sem nem entender os motivos, ganhamos um quarto maravilhoso, espaçoso e com a vista para os históricos telhados de Beaune, alguns tradicionalmente pintados nas cores vermelho e amarelo, as cores da Borgonha.
A cidade, de pouco mais de 21 mil habitantes, é rodeada por uma muralha medieval. É dentro dessa muralha que está toda a parte histórica do lugar, que mudou pouquíssimo ao longo dos séculos.
Para conhecer Beaune, a melhor forma é caminhar. Como combustível para o passeio, vinho! Beaune vive e respira vinho todo o tempo.
A impressão que tivemos é que todos vivem em função dessa atividade, seja produzindo, vendendo, alugando bicicletas para os passeios pelas vinhas… Talvez por esse motivo as pessoas parecem estar sempre em paz, sorridentes, calmas e tranquilas.
Depois de uma rápida descansada, partimos para o objetivo principal: beber. Lugar é o que não falta. Há restaurantes finos e estrelados, há brasseries como as de Paris, há lojas que oferecem degustações e bares com ambientes descontraídos.
Ao redor da Place Carnot, a praça que é o coração da cidade, encontramos o bar Route 66. Não queríamos jantar e pensamos que era um bom local para comermos uns petiscos e bebermos em taça, para conseguirmos provar a maior variedade possível de vinhos.
Assim, pedimos uma tábua de queijos, bebemos uma taça de vinho branco e, depois, passamos aos tintos.
Acho que foi só nesse primeiro programa em Beaune, depois de todas as emoções do percurso, que sentimos a ficha caindo: estávamos na Borgonha, bebendo os melhores vinhos das nossas vidas.
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