As lojas e restaurantes de vinhos, onde acontecem muitas das degustações, estão em toda parte. Andar pela cidade chega a ser difícil. A cada passo é uma loja, com rótulos dos quais até então só tínhamos ouvido falar, expostos nas vitrines.
Depois de um tempo em Beaune e de já ter visitado o icônico vinhedo Romanée-Conti, nos ressentíamos de não termos visto uma garrafa – cheia – do vinho. Assim, um pouco antes de ir embora, entramos em uma loja decididos a, pelo menos, tocar em uma.
Fomos sinceros e dissemos que, depois de um tour pela Borgonha, precisávamos ver o Romanée-Conti. O vendedor percebeu que éramos brasileiros, começou a falar português e disse:
– O verdadeiro, verdadeiro Romanée-Conti mesmo, eu não tenho aqui – e nos mostrou uma garrafa de um Echezéaux (que também é da mesma vinícola) de 1989. Não vimos o “verdadeiro, verdadeiro”, mas ganhamos uma boa história.
O comerciante, filho de brasileiros e com negócios com o Brasil, contou ter sido procurado, há alguns anos, pela equipe de produção do Globo Repórter.
Eles queriam uma ajuda para conseguir gravar no mítico Domaine de La Romanée-Conti. Nosso “amigo” disse que tentou ajudar. Mas nada feito.
O domaine, sempre super reservado, não aceitou participar da reportagem e não recebeu a TV Globo.
Saímos da pequena loja com a esperança de que, quem sabe, um dia o domaine receba o Botequim do Vinho em suas dependências…
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