Depois do almoço que encerrou a primeira etapa daquele primeiro dia de viagem pela Côte D’Or, rodamos poucos minutos até chegar a Vougeot. A comuna é conhecida pelo vinhedo murado Clos de Vougeot (acima), onde é produzido um dos mais famosos grands crus da Borgonha e que já foi vinícola e lar dos monges que séculos antes iniciaram o cultivo na região.
As primeiras vinhas foram plantadas por monges no século XII. No século XIV as terras do vinhedo já somavam 50 hectares, seu tamanho atual – enorme para os padrões da Borgonha –, e os muros de pedra (o clos) já o cercavam.
Dentro do terreno fica o Château du Clos de Vougeot, espécie de castelo-mosteiro que é uma das mais famosas atrações turísticas da região. Um pouco da história: depois da Revolução Francesa, o vinhedo foi comprado por seis comerciantes, cujos lotes sofreram divisões posteriores ao longo dos anos; atualmente são mais de 80 proprietários. A produção média de cada um é de apenas 200 caixas.
A visita ao château é imperdível. Além da beleza da arquitetura do castelo, ficamos impressionados com as prensas de vinho medievais e a grande sala de banquetes.
O salão até hoje é usado para as reuniões dos Chevaliers du Tastevin, confraria de vinicultores que promove festas e degustações de vinhos.
O único ponto fraco ao nosso ver é não haver degustação no local, o que poderia fazer a visita valer ainda mais a pena. Mas nem ligamos tanto porque já estávamos com a cabeça voltada para a próxima parada, a maior expectativa do dia – na verdade, de toda a viagem: o encontro com os vinhedos de Vosne-Romanée e o mito chamado Romanée-Conti.
2 Comentários
Estou na borgonha tentando aproveitar ao máximo esse paraíso dos vinhos, seus posts foram ótimo e estão me ajudando a direcionar minhas paradas pela região! Obrigado
Que legal, Victor! Esperamos que esteja aproveitando bastante esse lugar mágico. Quando voltar, compartilhe conosco as suas descobertas e dicas! Abraços!! Letícia e Eduardo