Aprendendo a identificar e a comprar os vinhos da Borgonha
A primeira parada programada por nós para esse dia passeando pela Côte de Nuits era o Château de Marsannay. Chegando lá, fomos recebidos por um guia que nos orientou a escolher entre os três tipos de degustações, que incluem uma visita à cave da vinícola e a uma verdadeira aula sobre os vinhos da Borgonha.
Escolhemos a degustação de quatro vinhos, que aconteceu no fim do tour pela cave e nos deu direito a ganhar, cada um, uma taça do Château. O guia nos mostrou um mapa enorme da Borgonha, onde pudemos entender melhor sobre a produção e a categorização dos vinhos.
Em toda a região são produzidas cerca de 202 milhões de garrafas de vinho por ano. Desse total, 61% da produção são de vinho branco, quase tudo feito de uva chardonnay; e 30% são de vinho tinto, a maior parte da uva pinot noir. Há também a produção de vinhos rosés e espumantes (o crémant de Bourgogne), além de vinhos produzidos com as uvas aligoté e gamay.
Essa aula dada pelo guia do Château foi muito importante para sabermos como identificar e comprar os vinhos durante o restante da viagem. Aprendemos que os vinhos são classificados em quatro tipos: grands crus, premiers crus, villages (ou communales) e régionales.
Os do primeiro tipo são os mais nobres, mais caros e produzidos em menor quantidade, correspondendo a apenas 1,4% do total da produção da Borgonha. Os régionales são os comumente mais baratos e correspondem a 51,1% do total.
Para saber como comprar, é simples. Na garrafa, os rótulos indicam os que são grands crus e premiers crus. Os villages têm no rótulo o nome do local onde foram fabricados (Marsannay, Gevrey-Chambertin e Fixin, por exemplo). Já os régionales têm apenas a indicação “Bourgogne” na garrafa.
Depois de tanta teoria, chegava finalmente a hora de beber e de começar a sentir os diferentes paladares dos tão esperados vinhos da Borgonha.